domingo, 29 de abril de 2012

Familiares dos Acusados de cometer a execução dentro do HUSE quebram o Siléncio



“A família está de certa forma indignada. Eu vou falar o que aconteceu e quero que a sociedade escute. Quem tem parente, quem tem irmão, tire a sua conclusão do ocorrido. Se realmente meu irmão é um bandido e o bandido é inocente”, o apelo é de Jamisson Alves de Souza que inicialmente estava relutante em falar sobre os motivos que levaram a chacina no maior hospital público de Sergipe.
O fato amplamente noticiado pelo Sandoval noticias ocorreu na noite da última sexta-feira, 27, e resultou nas mortes do seu irmão Jailson Alves de Souza e de três outros homens identificados como Márcio Alberto Santos, de 30 anos; Cledson dos Santos, de 21 anos e Adalberto Santos Silva. O trio foi alvejado dentro da unidade hospitalar.
Antes da chacina
“O que aconteceu foi que meu irmão [Jailson Alves] sofreu uma tentativa de assalto, ele estava com meu sobrinho [Ralf Souza Monteiro] em uma moto. Meu sobrinho é agente penitenciário e tem porte de arma, nas redondezas viram umas duas ou três horas antes quatro vagabundos rodando de moto para tentar um assalto. Quando chegou nesse horário meu irmão passou com meu sobrinho e dois marginais foram atrás deles e não deu tempo deles perceberem nada. Deram um tiro que pegou nas costas e no coração do meu irmão e fez meu irmão morrer. Meu irmão era um pai de família que deixou três filhos e uma esposa com problema mental. Meu sobrinho caiu com meu irmão e eles [ dupla de bandidos] deram três tiros. Um pegou na perna do meu irmão e o outro na perna do meu sobrinho”, conta Jamisson que detalha a reação do sobrinho que atirou contra os supostos assaltantes.
“Meu sobrinho deu tempo reagir porque quando eles caíram os vagabundos desceram da moto e vieram matar eles. Meu sobrinho tirou a arma e conseguiu alvejar os dois, depois chegou a polícia e levou eles para o hospital. A polícia da choque e guarda municipal já estava todos dentro do hospital tentando algemar os marginais, mas não conseguiram acesso, até teve um principio de discussão. Sei que nesse meio termo acabou o médico falando que meu irmão tinha morrido”, relata.
Revolta
“Teve uma revolta geral nesse hospital de policial fardado, sem farda, todo mundo ficou revoltado. Foi quando houve essa questão desses tiros lá dentro. Os vagabundos que foram para lá não foram algemados e nem revistados. A polícia do choque queria entrar justamente para algemar para evitar que eles estivessem armados e pudessem tentar alguma reação, foi quando houve os tiros e infelizmente quando eu cheguei já tinha ocorrido tudo. Não sei como ocorreu de fato lá dentro, agora só peço que a sociedade escute, um pai de família trabalhador que passa a vida toda tentando sustentar uma família com dignidade para vim um marginal e tirar a vida de uma pessoa com um tiro nas costas. A opinião pública tem que parar e pensar quem de fato é o bandido dessa história”, refleti.
Os mortos na chacina
Durante entrevista a sandoval siqueira familiares de dois, dos três mortos, Márcio Alberto Santos, de 30 anos e Cledson dos Santos, de 21 anos, foram vítimas inocentes de uma ação desequilibrada. No entanto, Jamisson contesta os parentes.
“A principio nessa moto dois eram bandidos que foram pegos em flagrante e levados pelos policiais. Foram eles que meu sobrinho conseguiu alvejar para poder não morrer. O outro [Márcio Alberto Santos] se fala que estava lá uma hora ou uma hora e meia antes por conta de ter caído da moto e estava com o braço machucado. Só que a família me desculpe se eu estiver errado, porque preciso esperar a polícia investigar para saber se esse rapaz realmente era inocente, se for milhões de desculpas para a família. Mas, infelizmente é muita coincidência esse rapaz morar na mesma região dos marginais, ter tido um acidente de moto, sendo que havia duas motos na redondeza fazendo assaltos”, questiona.
Prisão do irmão e do sobrinho
“O meu outro irmão [Ginaldo Alves de Souza] estava trabalhando e recebeu o telefonema e pediu para um colega ficar no lugar dele, quando foi entrando no hospital começou o tiroteio e quando meu irmão entrou para saber o que estava acontecendo levou um tiro na perna. Ele e meu sobrinho fizeram uma cirurgia e estão no Cope [ Complexo de Operações Policiais Especiais] sem direito a medicamento, sem direito a ver ninguém”, reclama.
Jamisson também contesta a prisão do irmão e do sobrinho e diz a polícia prendeu para pressionar o tenente da PM, Genilson Alves de Souza. “Simplesmente alegaram que meu irmão mais velho [Genilson Alves de Souza] entrou e efetuou alguns disparos e para pressionar meu irmão, eles pegaram duas vítimas que estavam no lugar e prenderam. Hoje estou com minha mãe em casa capaz de dá um enfarto e um derrame cerebral preocupada”, diz.
Autoria dos disparos
Conforme já publicado pela , o soldado da PM, Gean Alves Souza, confessou que efetuou os disparos dentro do Huse, porém o irmão prefere aguardar as investigações. “Isso a polícia está investigando, meu irmão [Gean] entregou a arma e a polícia vai investigar e os fatos vão ser esclarecidos. Eu só peço um pouquinho de humanidade da justiça”, aguarda.
Video : Sandoval Siqueira
Texto Kátia Susanna

2 comentários:

  1. Os familiares ORIENTADOS PELO ADVOGADO contam PUBLICAMENTE sua HISTORIA, que diga-se de passagem, DEIXA O TTE E FLIA COMO VERDADEIROS ANJOS! Oxê, vamos acordar, portar arma sem registro e delito, matar e delito, entrar armado em um hospital e atirar e delito! Então ONDE ESTÃO OS ANJOS DA JUSTIÇA???

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  2. a unica coisa q esses policias de sergipe sabem fazer é pedir aumento e resolver tudo na bala trabalhar q é bom nada. mais revoltante é saber q esses animais é os mais bem pagos do brasil

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