Acusados de motim e de transgressão
disciplinar, os representantes de associações militares, major Adriano Reis,
presidente da Assomise e sargento Edgard Meneses, vice-presidente da Amese,
tiveram o pedido de prisão preventiva, feito pelo promotor de justiça militar,
João Rodrigues.
Os dois policiais militares estao sendo
acusados de crime de motim e de transgressão disciplinar, já que concederam
entrevistas, durante as manifestações realizadas pela policia militar, em busca
de melhores salários e condições de trabalho. O que chama a atenção nesse
pedido, é o fato de que as acusações estarem baseadas, segundo o promotor, na “
pratica do delito tipificado no artigo 155, caput, do Código Penal Militar”,
porem em vários IPM e Conselhos que enfrentaram, os militares foram absolvidos,
embora o comando tenha avocado da decisão.
Procurados para falar sobre o assunto, os
militares disseram apenas lamentar o que está ocorrendo com eles. “Eu estou me
sentindo o pior dos bandidos. Nunca imaginei que fossem decretar minha prisão
preventiva, por conta de eu ir, juntamente com meus companheiros, reivindicar
melhores salários e melhores condições de trabalho. Fico muito triste com essa
situação. Acho que a justiça faz o seu papel, porem não acredito que devo pagar
por um crime que não cometi. Agora só falta eu ser encaminhado ao presídio como
um bandido”, desabafou o vice presidente da Amese, sargento Edgard
Menezes.
Ao chegar à 6ª Vara Criminal, o pedido de
prisão do dois militares, a juíza Juliana Nogueira Galvão Martins, após analisar
os autos, resolveu indeferir o pedido. “Assim, ante o exposto, INDEFIRO a
representação formulada pelo Parquet, com fundamento no art. 257 do CPPM, com a
advertência de que, caso os representados, ou outros militares, incorram
novamente nas condutas descritas na denúncia e na representação, quais sejam as
de incitação, ou se promoverem de motim, ser-lhes-ão decretadas suas prisões
cautelares, decidiu a juiza.
Fonte: Faxaju (Munir Darrage)
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